A Feira Agropecuária e de Agricultura Familiar de Morro do Chapéu, que aconteceu nos dias 29 e 30 de abril e 1º de maio, no Parque de Exposições, superou todas as expectativas dos organizadores, prefeitura e secretarias.

O comércio local, prestadores de serviços e principalmente os hotéis da região foram os grandes beneficiados, bem como os expositores, além da geração de emprego e renda no local do evento. De acordo com estimativa preliminar da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município, foram movimentados cerca de R$ 6 milhões nos três dias de exposição.

Agora a Diretoria de Turismo da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (Seculte) divulgou o levantamento oficial de receita e movimentação de negócios na área cultural da Feira, além da movimentação de pecuária e agricultura, incluindo a familiar e de maquinário e tecnologia, que foram os principais focos do evento.

De acordo com o levantamento, a ocupação nos estabelecimentos de hospedagem na região foi de 100%, com preços médios entre R$ 115 (quarto simples) e R$ 240 (quarto triplo). A Pousada das Bromélias, uma das mais tradicionais de Morro do Chapéu, precisou adaptar suas instalações disponibilizando mais onze leitos extras.

Os expositores que representaram a rota enogastronômica sensorial na Feira também não tiveram do que reclamar. Só o setor de defumados e embutidos recebeu cerca de mil visitantes nos três dias de evento e movimentou em torno de R$ 8 mil. Os queijos locais também receberam um número similar de visitantes, mas o valor movimentado em negócios não foi informado.

A vinicultura morrense também foi bastante prestigiada por turistas e visitantes locais. As três vinícolas que se dispuseram a expor no evento, Vaz, Santa Maria e Reconvexo, tiveram uma média de cem visitantes por dia cada uma, com vendas entre 40 a 60 garrafas negociadas. Só a Santa Maria, segundo apurado pela Diretoria de Turismo da Seculte, conseguiu movimentar em torno de R$ 2.500. Vaz e Reconvexo não disponibilizaram essa informação.

Mas a grande surpresa não veio da iniciativa privada e de produtores. O artesanato local e da região foram certamente o termômetro que pode ter revelado o grande potencial turístico de Morro do Chapéu. Ainda segundo o levantamento da Seculte, a renda estimada nesse setor girou em torno de R$ 200 mil, possivelmente com o maior número de visitantes no Parque de Exposições. 

Esses levantamentos devem nortear e estimular os próximos eventos programados pela prefeitura, como o Festival de Inverno, que deve acontecer entre os dias 5 e 7 de agosto próximos. De acordo com as declarações da prefeita Juliana Araujo na abertura da Feira Agropecuária e de Agricultura Familiar de Morro do Chapéu, o Festival de Inverno deve ser ainda maior e mais organizado, atraindo ainda mais investimentos e aquecendo novamente a iniciativa privada local, artesãos e prestadores de serviços.